cULTURA dE aNDADA PRODUÇÕES

cULTURA dE aNDADA PRODUÇÕES

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Uma abordagem sobre o Setor Óptico Brasileiro por Marcos Dias

Entrevista, fotos e vídeo
por Luiz Bernardo Barreto


Em 1986 Marcos Dias começou sua carreira atuando na área de vendas, logo depois passou sete anos na área de T.I (tecnologia da informação), indo então para o setor comercial, onde atuou em grandes empresas, como a Seiko e Luxottica. Em outubro de 2010, o consultor em marketing teve a oportunidade de fazer uma visita profissional à China, onde está atualmente desenvolvendo relações de trabalho e negócios.


A VOX assessoria de comunicação esteve com o profissional, no intuito de produzir matéria e entrevista, que será veiculada em janeiro de 2011 pela Ótica Revista.

VOX


No contexto atual do marketing, os profissionais de vendas, para se adaptarem ao sistema vigente, tem que se flexibilizar e se dinamizar, no sentido de aprender, escutar e executar variadas funções, num espaço de tempo curto, com objetivo de mais rápido e melhor desempenhar suas tarefas. Para isso, o fator competência é de fundamental importância. Qual a importância do aprendizado, seja acadêmico, seja profissional, no desenvolvimento dos profissionais de vendas?

Marcos Dias

- Isso é uma questão muito importante hoje. Principalmente porque o fator humano é decisivo dentro das empresas, e essas tem tido consciência dessa relação. Apesar de todo conhecimento e tecnologia que está ai a nossa disposição, eu diria que dentro desse contexto, é importantíssimo a qualificação profissional, o desenvolvimento desse profissional. E ele tem que focar e pensar nisso não em uma situação imediata, mas em uma situação de longo prazo. Ele precisa entender que a necessidade do seu desenvolvimento é tanta, principalmente se nós considerarmos o seguinte; nós estamos hoje na era da informação. Pra que se tenha uma idéia, em 40 mil anos a humanidade produziu algo em torno de 12 bilhões de gigabites em informação. Só no período de 2009 a 2011 a humanidade produzirá 36 milhões de gigabites em informação. É muita coisa para os profissionais. Por isso a importância da reciclagem. Hoje eu diria, me analisando profissionalmente, eu me reciclo diariamente. Essa é a importância. O profissional de marketing, de vendas, principalmente do setor óptico, precisa se desenvolver e se qualificar nesse sentido. Há sim uma carência de bons profissionais, há uma carência de qualificação em todo âmbito do setor óptico. Isso é que buscam as empresas e o trabalho que eu realizo, levando essa condição, que é fazer com que esses profissionais se desenvolvam e se qualifiquem através de treinamentos, curso de extensão, formação educacional. Isso é muito importante no diferencial de um profissional.

VOX


Em relação à função do gerente de vendas no que diz respeito à organização, seu maior desafio, quando num trabalho em equipe, é saber coordenar e antecipar possíveis problemas. Porém, muitos que ocupam essa função não chamam pra si essa responsabilidade, atuando superficialmente, com autoridade apenas simbólica. Quando esse problema é identificado, a maior dúvida do gestor é saber como administrar tal situação. Em sua opinião, qual a melhor forma de gerir uma marca, em que há várias idéias válidas, interessantes para sua introdução e inovação no mercado, tendo em vista que o curto prazo para elaboração e fixação dessa marca, deixa muitas idéias de lado, obrigatoriamente?

Marcos Dias

- Isso é uma pergunta bem interessante. Eu tenho e tive oportunidades de passar por grandes empresas de atuação global. Eu passei por uma escola japonesa, a Seiko, passei por dez anos em uma escola italiana, a Luxottica, tive oportunidade de atuar na Marchon, e tive a oportunidade de desenvolver trabalhos de consultoria em outras grandes empresas. Mas uma coisa em que eu pude vislumbrar é que, quando se fala em termos de gerencia, a grande maioria hoje que forma, ou que fazem parte desse setor, são profissionais que normalmente foram aproveitados, mas não se desenvolveram, não foram desenvolvidos por essas empresas para que eles pudessem executar as suas atividades. E quando se fala na questão do gerente, esse precisa gerenciar uma série de aspectos nessa relação entre a empresa, profissionais e clientes. Esse sentido é muito importante, primeiro porque o gerente precisa ter uma visão macro, e essa visão macro hoje é importantíssima. Eu preciso enxergar o todo, o que está acontecendo ao meu redor. Eu preciso entender tudo que está sendo transacionado naquele momento. Eu preciso lhe dar com pessoas, e pessoas hoje é uma variável incontrolável dentro de uma operação. Por isso que, cada vez mais, se faz necessário também dentro do setor óptico formar profissionais em nível superior para que eles possam atuar gerencialmente. Eu observo hoje que não há uma renovação. A grande maioria das empresas hoje desse setor, se utilizam de profissionais que, de certa forma, tem um histórico, eu diria, não muito de resultados, e hoje se busca, nessa era do capitalismo que vivemos, que precisamos também de pessoas que pensem a longo prazo, e pensem como conseguir executar e trazer o resultado que aquela empresa espera.

VOX


Você cita 07 pontos de equilíbrio profissional, nos quais são essenciais para construção e administração da carreira. Fale um pouco sobre isso, e quais os impactos desses pontos na sua carreira?

Marcos Dias

- Ao longo da minha vida profissional desde o momento que eu comecei, eu sempre enxerguei oportunidades. Meu pai dizia uma coisa interessante: “Oportunidade é feito cavalo selado. no momento em que ele passa, você tem que aproveitar”. Eu tive a oportunidade de participar de uma série de eventos, palestras e treinamentos, e eu ouvi uma coisa bastante interessante, e terminei trazendo isso pra junto de mim. Foram sete pontos que eu identifiquei como importantíssimos, no desenvolvimento de qualquer profissional, e eu trouxe isso nesse sentido. Primeiro; família e afetividade. Importantíssimo isso. O profissional pra ser bem sucedido, precisa ter uma base estrutural e familiar que dê a ele essa condição. Segundo; carreira e vocação. Nisso há uma coisa bastante interessante. Existe uma frase de Leonardo da Vince que diz; “A sabedoria da vida não está em fazer aquilo que se gosta, mas em gostar daquilo que se faz”. Isso é muito interessante. É preciso gostar, é preciso que você realmente ame aquilo que faz pra que possa se desenvolver muito bem dentro dessa situação. O terceiro ponto eu diria que são os bens e possessões; o meu pai sempre dizia que “somos felizes quando temos o que queremos, porém realizados quando queremos o que temos”. Isso é uma coisa pessoal que cada profissional tem que buscar dentro de si para que possa se desenvolver. O quarto ponto importantíssimo para o profissional é a mente e o espírito; a fé faz parte dessa nossa relação. Você não consegue se desenvolver se não tiver essa crença, daí entenda que essa fé também faz parte desse teu desenvolvimento. Um outro ponto, não menos importante é a cultura e lazer; eu preciso me desenvolver através desses aspectos, me relacionando, estar envolvido com outras situações, como filmes, cinema, tetro, música, encontro com amigos. Isso precisa fazer parte para que você também possa ir completando, porque é um passo a passo. O sexto ponto, que tem mais haver comigo, relaciona-se à saúde e esporte; eu digo que o esporte não constrói o caráter, ele revela. Eu entendo isso como ex-atleta e sugiro isso para as pessoas. Isso faz parte do seu desenvolvimento. Essa realização é muito interessante. O sétimo e último ponto, é sociedade e comunidade; eu digo, com a frase do Thomas More, que “nenhum homem é uma ilha”. Dessa maneira eu resumo a atividade da minha carreira profissional.

VOX


Atualmente você acha o representante de vendas um profissional comprometido com o fortalecimento da marca, produto ou serviço que ele representa? Qual a melhor forma de fidelizar uma carteira de clientes num mercado comoditizado como o ótico?

Marcos Dias

- Não, eu não acredito que o representante de vendas hoje seja comprometido com aquilo que ele faz. Ele é puro e simplesmente comprometido com o seu resultado, e o seu resultado é de curtíssimo prazo. Ele atua, vende e já se preocupa com aquilo que vai receber. O representante comercial do setor não planeja, não desenvolve, ele não cria relacionamento profissional com esse mercado. Por isso, hoje se tem uma carência muito grande. As empresas buscam novos profissionais, mas ao mesmo tempo elas erram por não querer investir nesses novos profissionais, no desenvolvimento de tantos outros que existem ai disponibilizados no mercado. Então se deparamos hoje com uma “caixa” de representantes que ai está há muito tempo, e ainda pensam com carregadores de mostruário, aqueles que vão, sentam com o cliente, tiram seus pedidos, e vão embora. Mas a relação profissional por si só não existe. Por quê? Porque da mesma forma quando essas pessoas começaram, eles começaram atuando simplesmente para suprir lacunas, eles não se prepararam. Os poucos que se desenvolveram estão em atividades diferentes. Um exemplo disso sou eu, que comecei a minha vida, minha atividade como um preposto, um profissional de vendas. Eu enxerguei longe, mas continuo sendo um vendedor. Hoje eu vendo idéias, mas continuo vendendo. Isso é que é importante.

VOX


Especificamente, como se encontra o mercado ótico brasileiro atualmente, em termo de produção, comercialização e empregabilidade?

Marcos Dias

- Num processo muito grande de transformação. Há poucos dias eu tive a oportunidade de ir à China. A convite de uma empresa, durante dezesseis dias, eu fui fazer uma avaliação e um estudo a respeito dos impactos desse mercado gigantesco que é a China. O que isso pode nos trazer de benefício ou malefício? Eu diria que hoje o setor óptico precisa muito, muito mesmo, se profissionalizar, em todos os aspectos. As empresas distribuidoras precisam mudar a sua relação com o mercado consumidor, com o cliente. Os organismos existentes dentro do setor, as abióticas e associações estaduais precisam atuar de maneira conjunta para que se possa fomentar esse desenvolvimento. E o varejo por si só, precisa também se profissionalizar. Nós estamos passando por um período de transformação onde, na minha visão, não existirá, no futuro, o pequeno, médio ou grande cliente. Existira sim quem tem o poder de compra e venda. É essa relação que eu enxergo. E eu digo mais; o setor óptico hoje, e a indústria brasileira, se eu considerar aquilo que vi na China, não existe! Existe sim o mercado óptico que é formado por varejo, por distribuidores, e é formado por uma gama de profissionais. Ao mesmo tempo, isso ai nos mostra que os chineses estão ai num processo de transformação e “agressividade” muito grande em termos de desenvolvimento. E eles vão chegar com muita força. E isso é importante se observar para o nosso futuro.



Marcos Dias é graduado em Administração de Empresas, MBA em Marketing pela FGV Management e estudioso de Marketing Esportivo. É palestrante e professor, e escreve artigos para a Ótica Revista na coluna Foco em Vendas. Em mais de 20 anos de experiência, atuou na área comercial em nível de Gerência Executiva, Operacional e Representação Comercial, sempre em Empresas de grande porte e expressão global. Possui conhecimento na área de bens de consumo, vendas, negociação, pesquisa, tecnologia, gestão do capital humano e inteligência de Mercado.


domingo, 19 de dezembro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Chega à Recife Histórias Desagradáveis, do brasiliense Gladstone Machado de Menezes

texto por Livia Neves

O mundo complexo das relações humanas em tramas simples e cotidianos. Assim é a publicação: Histórias Desagradáveis, de Gladstone Machado de Menezes, brasiliense que vem à Recife em lançamento no próximo dia 25 de outubro na Livraria Cultura, às 19hs.


O título da obra remete a temas “desagradáveis” contados de forma agradabilíssima, sobre a alteridade e diversidade social e sexual. Com 160 páginas, Histórias Desagradáveis passeia em boa parte pela homossexualidade masculina. Com tramas simples, mergulhadas em romantismo exagerado, outras mais cruas, onde a fantasia, magia, e o sonho agem como instrumento de revelação e crescimento, a partir de situações limite confrontados pelos seus personagens.

Dez contos produzidos ao longo de dois anos, onde autor inicia a obra com uma história de extrema delicadeza, narrada pelos olhos de um menino de apenas 7 anos de idade, o drama da separação de seus pais. As relações entre pais e filhos, homens e mulheres, traições, violência doméstica é proporcionado num universo paralelo entre a realidade e a mais pura fantasia infantil.


No desenrolar da obra, o autor mescla contos dissertados na primeira pessoa, confundindo o leitor e sugerindo-o uma leitura autobiográfica. O que nos deixa a um fio do que seria realidade e ficção.

Gladstone Machado traz uma bagagem que vai do estudo em Artes Plásticas na UnB, passando pela onda da poesia marginal no fim dos anos 70, onde publicou Estado de Coma, livro de poesia e desenhos. Em 2005 lançou Rapunzel, versão atualizada do conto dos irmãos Grimm.

A obra Histórias Desagradáveis teve o patrocínio do Fundo de Arte e Cultura – FAC da Secretaria do Estado de Cultura do Distrito Federal, com lançamento pela LGE Editora.



Serviço |
Lançamento do livro Histórias Desagradáveis
de Gladstone Machado de Menezes, Brasília - DF
Local: Livraria Cultura – Paço Alfândega
Dia: 25 de outubro de 2010
Hora: 19 hs

_____________________________________________________________

fotos do lançamento na Livraria Cultura do Recife | 25/10/10
fotos por Luiz Bernardo Barreto




















Planejamento, orçamento, mídia e o dever governamental são pautados nos últimos módulos do Curso Comunicação e Negócios do Esporte

texto e fotos por Luiz Bernardo Barreto



No segundo módulo do curso Comunicação e Negócios do Esporte, realizado em 09 e 10 de outubro, a aula foi ministrada por Amir Somoggi - Diretor da Crowe RCS, especialista e consultor em marketing esportivo para clubes de futebol - que, dentre vários assuntos abordados, deu ênfase ao conceito de Planejamento Estratégico, numa visão da compreensão do mercado e do ambiente do marketing esportivo. A metodologia de Amir Somoggi focou a utilização dessa vertente do marketing num rigor estratégico e profissional, determinando análise, planejamento, execução e controle do mesmo.

Ele lembrou que há falhas comuns no planejamento estratégicos, e que suas soluções são complacentes com seu nível: “problemas complexos exigem soluções complexas (...) o papel do planejamento é minimizar as dificuldades”.

Quando assunto é futebol, Somoggi lembra que a questão da abstração cultural é inerente, individual e de extrema importância em cada clube. Segundo ele, os resultados das equipes nas competições são utilizados para maximizar os efeitos positivos do clube. Isso se dá na construção do Ambiente Esportivo, estruturado por Federação e Confederações, Clubes, Mídias, Atletas, Marcas esportivas, Patrocinadores, Fornecedores, Governo, Mídia.

Na visão do marqueteiro, estudar e pesquisar são fundamentais para saber se o planejamento corre o risco de ser inatingível. Daí, a importância dos veículos de comunicação na estruturação de projetos de marketing, para explorar a exposição espontânea através da mídia. Amir Somoggi vem também por trazer o conceito, viável no mundo do marketing, de Planejamento Plurianual, sendo essa uma visão estratégica, agendada e funcional: “A falta de visão estratégica dificulta a relação do clube X torcedor, gerando ainda a escassez de patrocinadores”, afirmou.

O Planejamento Plurianual seria a gestão estratégica, com o planejamento do orçamento, sabendo quanto se fatura e quanto se gasta, visualizando o relacionamento com os públicos de interesse (patrocinador, mídia, conselheiros), focando na marca e no estádio, entre outros fatores. Essa é a visão moderna adaptada as realidades de cada clube. Somoggi aproveita para fazer uma crítica, afirmando que “o único foco que se dá no Brasil é o foco no desempenho esportivo, gerando poucas fontes de receita”. Para ele, o foco correto deveria ser a valorização do negocio, foco na marca, infra-estrutura, consumidores e parceiros. Isso automaticamente geraria novas fontes de receita e controle de custos, gerando assim mais recursos para o desempenho esportivo. “Tão importante quanto aumentar o faturamento é controlar os custos, sendo uma dicotomia”, complementa.

Amir Somoggi também chama atenção para as novas mídias: “Nada cresceu tanto quanto internet e TV por assinatura (...) a tendência está na internet e nas novas mídias”. Em sua aula-palestra, o marqueteiro vem por defender que uma das missões do marketing, de extrema importância, é construir um relacionamento com o mercado, parceiros e sociedade. A verba de marketing é o percentual de vendas.

Em suma, ele apresenta em sua palestra um modelo de Maximização de receitas em controles de custos em clubes, não podendo deixar de lado a criação de novos canais de relacionamentos.

Finalizando o segundo módulo do curso, palestrou o ex-secretário de esportes de Pernambuco por oito anos, Edinilton Vasconcelos, com uma palestra enfática e direta, lembrando que não é preciso só planejar, mas também tem executar o planejamento. “É nossa cultura esperar que o governo resolva tudo”, lembrou.

O ex-secretário citou o Projeto Brasil Campeão, que teve no ano de 2009 orçamento de 133 milhões, e só foram usados 58 milhões. Em 2010 teve 706 milhões orçados, e usados até agora apenas 12 milhões. Também ressaltou a lei Angelo/Piva – 2007-2010, que teve limite de 1.2 bilhões, e teve projetos aprovados de apenas 700 milhões, resultando numa captação de apenas 30%. “Dinheiro tem, o problema é como ter acesso a ele”, registrou Edinilton. “Fuja das soluções simples”, completou.



No terceiro e último módulo do curso Comunicação e Negócio do Esporte, ocorrido em 16 e 17/10, a aula foi ministrada por Luiz Fernando Pozzi - Consultor em marketing esportivo e autor do livro “A Grande Jogada: Teoria e Prática do Marketing Esportivo - que dissertou sobre o papel da mídia, do governo, dos patrocinadores, e fornecedores do material esportivo, relacionando os atributos dos investidores na organização do esporte como empresa e instituição. “Enquanto mais o esporte se transforma em negócio, mais o governo o transforma em tributos”, afirmou, lembrando que a questão dos fundos de investimento das empresas nos clubes, com autonomia e autoridade por parte dos investidores, “no final das contas a decisão é de quem tem a grana”, lembrou Pozzi.

Ele defende que não podemos pensar a tecnologia nos moldes da futurologia, pois ela já está acontecendo, é vigente, pois não podemos tratá-la como um fenômeno que ainda vai acontecer. Em sua aula-palestra falou sobre as atividades para atender as expectativas do consumidor no processo de troca, que é a oferta de recurso para obter o direito de usar a marca.

Luis Fernando Pozzi estruturou a idéia de valorização da marca, cujo se constrói por segmentação, posicionamento, credibilidade, acessibilidade aos ídolos, ambiente político, foco cliente torcedor etc., e frizou: “veja as dificuldades como oportunidades”.

No seu segundo dia de aula falou sobre a convergência TV/esporte, a globalização dos ídolos como ferramenta de uma campanha publicitária, o histórico dos direitos de mídia, pautando também, a consolidação do conceito de venda dos direitos de transmissão, início da TV paga nos EUA, advento do sistema Pay-per-View da TV Digital e sua popularização, convergência TV/internet, e o aumentando dos canais disponíveis. Segundo Pozzi, a decisão da transmissão parte do interesse, que se estrutura na programação, na estratégia, e no comercial. Daí, há uma análise de relação custo X benefício, com compra dos direitos, seu desenvolvimento, suas produtoras, elaboração de plano comercial, venda, produção e exibição.

Em seu argumento sobre o futebol, ressaltou que “no caso do futebol brasileiro, os ídolos estão lá fora, então o campeonato não tem tanta atratividade no público do exterior”. Sobre as novas mídias, afirmou essa se estruturar pela geração de conteúdo pelos torcedores. Para o marqueteiro Luis Pozzi, uma saída para outros esportes, no sentido de organização, relacionamento com as mídias e com o mercado comprador, e sentido de pós-venda, se formata por regras, formatos que se adéqüe a uma linguagem complacente, justificativa de investimento, redução de custos de TV etc.

Também se abordou os riscos do marketing esportivo, sendo esse, dentre outros, a relação de produto de alto risco/alto retorno: fatores controláveis e incontroláveis, e cautela dos investidores.



Finalizando o curso com chave de ouro, os alunos tiveram a oportunidade de presenciar a palestra de George Braga, atual Secretário de Esportes de Pernambuco, havendo um debate rico e construtivo ao final de sua palestra. Braga falou como foi estruturado o projeto de esportes no estado de PE, e o que estão planejando e pensando nos anos de governo. Segundo o Secretário, objetivou-se criar projetos sociais de esportes nos primeiros anos do governo Lula, havendo viabilização para o estimulo a prática de esportes como estilo de vida e cotidiano, “pregando” o esporte como inclusão social nas escolas públicas.

Sobre educação, ressaltou que a formação dos professores é permanente, e não vai ta ligada a um projeto e uma coisa só. “Tanto a olimpíada como a copa do mundo a gente precisa ver como oportunidade, podendo resolver uma serie de impasses e projetos através do evento”, registrou. Ele completou dizendo que é necessário que tenhamos mais espaços para práticas esportivas orientadas, havendo um maior investimento em infra-estruturas.

“Na minha cabeça, a Secretaria de Esportes precisa ter um corpo técnico próprio para desenvolver uma área de treinamento em gestão, e tem que ter um concurso público específico para isso (...) não é possível construir qualquer projeto sem a participação das universidades”, disse George Braga. Ainda abordando o assunto da educação, Braga afirmou: “Tem que se criar um sistema que parte da secretaria de esportes para formar uma estrutura para o desenvolvimento do esporte, daí tendo um processo de condução da formação das pessoas”.

Perguntado sobre programas de voluntariado para a Copa do Mundo de 2014, o Secretário disse que pretende dividir o projeto em duas frentes, uma com um núcleo de voluntários específica do Governo do Estado para a Copa do Mundo, sendo jovens de escola pública de classes C e D, e uma segunda vertente seriam meninos do ensino médio para formar ao longo dos 4 anos, com maior ênfase à língua estrangeira. Já tem um curso de 800 horas de inglês. Isso só começa a funcionar a partir de janeiro, quando há alvará da FIFA para tal.

O Curso Comunicação e Negócio do Esporte foi realizado pela Planeja Soluções em Marketing, e teve coordenadoria de Giovanni Di Carlli, Paulo Vieira e Marcos Dias. Um novo curso nesse segmento, será anunciado para Novembro. Fique antenado!

Turma Módulo 01:
Turma Módulo 02:

Turma Módulo 03:



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Curso de Comunicação e Negócios do Esporte traz o especialista Amir Somoggi à Recife

por Lívia Neves
Amir Somoggi vem à Recife ministrar segundo módulo no Curso Comunicação e Negócios do Esporte, produzido pela Planeja Soluções, no Hotel Mercure nos dias 09 e 10 de outubro de 2010.

Diretor da Crowe Horwath RCS e especialista e consultor em gestão de marketing esportivo para clubes de futebol, Somoggi abordará em suas aulas temas como Introdução ao planejamento estratégico em clubes de futebol, Mercado esportivo global, Maximização de receitas e controle de custos em clubes, Exploração comercial de estádios e arenas e Impactos da Copa de 2014 no Brasil.

Em seu Blog http://futebolnegocio.wordpress.com/, ele relata que “A utilização do Esporte como mídia para atingir o consumidor no Brasil é muito mal explorado. Os casos de sucesso ao redor do mundo, mostram como o marketing esportivo é ainda utilizado como ferramenta tática de marketing e em muitos casos com um planejamento e execução muito pouco centrado nos aspectos singulares do esporte.”

Entretanto no Brasil, Amir diz haver um crescente interesse dos consumidores pelo esporte. Assim, haverá uma maior consolidação do esporte como ferramenta de marketing trilhando caminhos para criação de uma identidade de marca forte, reposicionando-as e gerando uma maior rotatividade nos negócios do esporte, nos anos que antecedem os principais acontecimentos esportivos mundial a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

Entrevista Amir Somoggi para Sport TV
http://sportv.globo.com/videos/v/amir-somoggi-explica-como-sao-as-receitas-dos-clubes-de-futebol-brasileiro/1341364/


SERVIÇO

Uma oportunidade para jornalistas, gestores do esporte e profissionais de educação física, comunicação e marketing se preparem para o cenário que está surgindo, visando principalmente a Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016.


Inscrições a preços promocionais, através do site: http://www.planejasolucoes.com.br/


MÓDULO 2
09 e 10 de out.

Amir Somoggi
Diretor da Crowe RCS, especialista e consultor em marketing esportivo para clubes de futebol.
Participação: Edinilton Vasconcelos
Professor de educação física e gestor esportivo


MÓDULO 3
16 e 17 de out.


Luiz Fernando Pozzi
Consultor em marketing esportivo e autor do livro “A Grande Jogada: Teoria e Prática do Marketing Esportivo.
Participação: George Braga
Secretário especial de esporte do Governo de Pernambuco.


Curso de Comunicação e Negócios do Esporte
Horários: de 8h às 12h das 13h às 17h,
Local: Hotel Mercure - Rua Estado de Israel, 203 - Ilha do Leite - Recife.
Informações: 81.3221-4373

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Teve início no Recife o curso de Comunicação e Marketing Esportivo

texto por Luiz Bernardo Barreto e Lívia Neves
fotos por Luiz Bernardo Barreto


Teve início nesse último final de semana, 25 e 26 de setembro, o curso de Comunicação e Marketing Esportivo, realizado pela Planeja Soluções, no Hotel Mercure, em Recife. No primeiro, dos três módulos apresentados pelo curso, esteve à frente da bancada o jornalista e apresentador do Sportv Marcelo Barreto, onde dissertou sobre a historicidade dos Esportes e seu papel nas diferentes épocas das sociedades.

A aula do jornalista não teve apenas um direcionamento de palestra, mas também denotou cunho científico, uma vez abordando estatísticas atuais sobre mercado e estrutura de corporação desportiva. Dentre os assuntos abordados, estava em pauta a relação do Esporte com a sociedade e a História do Jornalismo Esportivo. Marcelo Barreto aproveitou sua estadia em Pernambuco para lançar seu livro: Os 11 maiores camisas 10 do futebol brasileiro.



Juntamente com ele, esteve presente a jornalista Simone Barreto, que no segundo dia de aula palestrou sobre Assessoria de Comunicação e Gerenciamento de Crise, Jornalismo Esportivo nas mídias tradicionais e novas mídias.

O foco das palestras, e das demais que virão nos próximos módulos do curso, visa o gerenciamento das grandes coberturas desportivas, como a Copa do Mundo de Futebol de 2014, e as Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016.

O clima das aulas foi positivo. A simpatia, simplicidade e exatidão de Marcelo e Simone Barreto, fizeram com que os alunos presentes pudessem conhecer mais sobre um tema que estará sempre em ascensão nesses próximos anos que antecedem grandes eventos esportivos.

Dois módulos ainda serão realizados. Nos dia 09 e 10 de outubro teremos Amir Somoggi, diretor da Crowe RCS, especialista e consultor em marketing esportivo para clubes de futebol, e nos dias 16 e 17 de outubro contaremos com a presença do Luiz Fernando Pozzi, consultor em marketing esportivo e autor do livro “A Grande Jogada: Teoria e Prática do Marketing Esportivo.

Faça parte dessa turma você também. Inscreva-se!

As inscrições podem ser realizadas através do site:  http://www.planejasolucoes.com.br/

SERVIÇO:

Uma oportunidade para jornalistas, gestores do esporte e profissionais de educação física, comunicação e marketing se preparem para o cenário que está surgindo, visando principalmente a Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Inscrições a preços promocionais.

MÓDULO 2
09 e 10 de out.

Amir Somoggi
Diretor da Crowe RCS, especialista e consultor em marketing esportivo para clubes de futebol.

Participação: Edinilton Vasconcelos
Professor de educação física e gestor esportivo

MÓDULO 3
16 e 17 de out.

Luiz Fernando Pozzi
consultor em marketing esportivo e autor do livro “A Grande Jogada: Teoria e Prática do Marketing Esportivo.

Participação: George Braga
secretário especial de esporte do Governo de Pernambuco.

Curso de Marketing Esportivo
Horários: de 8h às 12h das 13h às 17h,
Local: Hotel Mercure - Rua Estado de Israel, 203 - Ilha do Leite - Recife.
Informações: 81.3221-4373

mais fotos do módulo 01: